Alterar pouco o time é um dos trunfos de Timão e Peixe na Libertadores
Equipes brasileiras têm 12 dos 18 atletas que mais atuaram na atual edição, fruto da opção de Tite e Muricy por manterem base vitoriosa do último ano
Uma base sólida, zagueiros confiáveis e poucas mudanças. Trunfos que se tornaram clichês em qualquer time, mas explicam bastante o motivo de Corinthians e Santos estarem nas semifinais da Libertadores. Dos 18 jogadores que mais estiveram em campo no torneio até agora, 12 são dos clubes paulistas. Os rivais se enfrentam nas duas próximas quartas-feiras. O primeiro duelo será na Vila Belmiro; o segundo, no Pacaembu. Ambos os jogos começam às 22h (de Brasília).
O número significativo representa o investimento de Tite e Muricy Ramalho em suas formações. Do lado alvinegro da capital, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho e Danilo estão entre os mais utilizados. No adversário, Rafael, Edu Dracena, Durval, Arouca, Ganso e Neymar.
Não é à toa que o sucesso dos semifinalistas vem desde 2011, quando o Timão conquistou o Campeonato Brasileiro, e o Peixe ergueu as taças do Campeonato Paulista e da Libertadores. A manutenção dos elencos e dos métodos de trabalho foram opções acertadas das diretorias.
Apenas 12 jogadores em toda a competição não foram substituídos sequer uma vez. São nove dos dois clubes. O Corinthians aposta na força de seu sistema defensivo. O zagueiro Leandro Castán e o lateral-esquerdo Fábio Santos não saíram de campo nem por um minuto, assim como os volantes Ralf e Paulinho.
Opções que fizeram muita diferença até agora. Basta se lembrar do gol de Ralf logo na estreia, aos 48 minutos do segundo tempo, contra o Táchira (VEN). Gol que garantiu o empate por 1 a 1 e a invencibilidade sustentada até o momento pelo Corinthians. Há também o gol mais importante da campanha até agora, do companheiro de meio de campo Paulinho. Também de cabeça, aos 42 da etapa final, ele despachou o Vasco, levou o Pacaembu ao delírio e assegurou a classificação para enfrentar o Santos.
Na Vila Belmiro, os dados também evidenciam a estratégia de Muricy: investir no entrosamento de sua defesa e nos craques. O goleiro Rafael, os zagueiros Edu Dracena e Durval, o maestro Ganso e o craque Neymar estiveram no gramado em todos os 900 minutos da Libertadores. Embora tenha sido mais vazado do que o rival (oito vezes contra duas do Corinthians), o ataque resolve a vida santista: são 22 gols a favor, e Neymar na vice-artilharia com sete.
- Quando você muda muito a equipe, acredito que não seja muito benéfico. E a equipe do Santos tem ido bem porque vem mantendo a regularidade dos jogadores, sempre na ativa, especialmente em um campeonato importante como a Libertadores. O entrosamento já é bom, e só tende a melhorar com a sequência de jogos - aprova o zagueiro Edu Dracena, poupado do clássico contra o São Paulo no último domingo justamente para poder estar em campo em perfeitas condições contra o Corinthians.
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